1Em entrevista concedida à Rádio Cidade Bela FM nesta sexta-feira (22), o prefeito Fábio Schroeter falou sobre os recursos municipais que estão sendo aplicados na realização da Expoverde. O gestor esclareceu que, ao contrário do que foi divulgado em um site de notícias de Cuiabá, a contratação dos shows, que custaram R$ 570 mil, e os demais investimentos no evento estão dentro da legalidade.

Quanto à dúvida criada em razão de uma nota veiculada por um site da Capital de que os shows foram contratados sem licitação, o prefeito explicou: “Essa contratação é feita dentro da Lei 8.666/93 e chama-se inexigibilidade. Não e feito nada fora da Lei”, disse. “É uma contratação normal de shows porque, por exemplo, você não tem dois Jads e Jadson, não tem dois Marcos e Belluti, você define isso em relação à qualidade dos shows e em relação à expectativa do público que pode ser atraído com esses shows”, completou.

O prefeito lembrou que em 2014, a Expoverde teve shows de menor qualidade, o que também gerou críticas por parte da população que queria atrações artísticas melhores. “Então esse ano a gente resolveu fazer uma Exposição um pouco melhor”, disse, destacando a parceria entre o Município e o Sindicato Rural na realização do evento. “E a gente conseguiu uma grade muito boa de shows e isso tem um custo”, destacou.

Fábio frisou que sabe das dificuldades que deverão surgir ao longo do ano em razão da crise econômica pela qual passa o país. “Mas a gente está bem consciente disso. E a gente, ano a ano, vem reduzindo os gastos com festividades em Campo Verde. A gente também recebeu críticas por não realizar o carnaval no ano passado e nesse ano, mas a gente não pode acabar com tudo também”, disse ele.

O prefeito ressaltou que a Expoverde está em sua 16ª edição e, durante sua realização, aquece as vendas no comércio local, atrai visitantes e coloca Campo Verde em evidência no cenário estadual, o que justifica os investimentos que estão sendo feito pelo Município. “É uma festa bastante tradicional. Agora, críticas são normais e o ponto de vista das pessoas a gente tem que respeitar”, disse.

Além dos gastos com os shows artísticos, a Prefeitura terá também outras responsabilidades financeiras para que a Expoverde possa ser realizada. Porém, de acordo com o prefeito, os gastos serão menores que os realizados em anos anteriores com festividades no município.

De acordo com o prefeito, em 2012 foi gasto R$ 1.613.000,00 entre carnaval FESCCAM, aniversário do município, festa junina e Expoverde. Em 2013, primeiro ano da atual gestão, os gastos foram reduzidos para R$ 1.405.000,00, uma economia de mais de R$ 200.000,00; e em 2014 foram gastos R$ 740.000,00. “Essa é nossa linha de trabalho: a gente quer fazer mais com menos. E essa economia, reverter em benefício para a população de um modo geral”, ressaltou.

Ainda de acordo com o prefeito, o apoio do Município na realização da Expoverde é necessário porque, por ser uma festa cara, a receita que ela proporciona com a venda de ingressos, passaportes e com a venda de espaços para os estandes não é suficiente para cobrir os custos. O ideal, segundo ele, seria que o evento fosse autossustentável. “Esse é o nosso desejo: que a festa se pague, que não se coloque nem um real de dinheiro público. Mas eu acredito que, com o tamanho da cidade que nós temos hoje isso é inviável. Então, ou vamos fazer uma festa bem menor, com shows só regionais, que acredito, seja possível se pagar. Mas a gente quer coisa boa sem gastar nada. Eu não consigo fechar essa conta”, observou.

De acordo com o prefeito, os gastos com a Expoverde constam na Lei Orçamentária Anual, ou seja, já estavam previstos no orçamento de 2015 que foi aprovado pela Câmara de Vereadores. “A gente está seguindo a Lei que nos permite fazer esse tipo de gasto, mas sempre com muita responsabilidade”, frisou.

Com relação às críticas nas redes sociais, o prefeito as classificou como normal e, conforme disse, quem se dispõe a realizar algo, está sujeito a elas. “Isso é a coisa mais normal que tem. O difícil é você conviver com isso, você se acostumar com a crítica. Mas eu não vejo dificuldades nisso. Aos poucos eu estou me adaptando. Mas a crítica é normal, é natural”, disse.

Fábio também observou que por Campo Verde ser um município pequeno, questões políticas ou partidárias contribuem para que surjam as críticas. “Muitas dessas críticas tem a ver com o lado político. Isso é natural e a gente está bem tranquilo em relação a isso. E acho que tem que haver mesmo a liberdade de expressão. Jamais a gente vai querer fazer com que todo mundo fique quieto e ache bom o que estamos fazendo. As pessoas que estão descontentes têm que se manifestarem mesmo, tem que colocar as suas opiniões. E a gente tem que saber avaliar isso e, de repente, corrigir os erros que possamos estar cometendo ou tenhamos cometido. A gente não tem problema nenhum com relação a essas críticas”, afirmou. (Valmir Faria – Supervisor de Comunicação/ASCOMCV)

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