Para José Pacheco, é preciso repensar determinadas práticas pedagógicas

Para José Pacheco, é preciso repensar determinadas práticas pedagógicas

Um dos maiores nomes quando o assunto é educação, o educador português José Pacheco estará em Campo Verde na próxima terça-feira (12) onde ministrará palestra a professores da rede municipal de ensino. A vinda do educador europeu faz parte das propostas do Projeto “A União Faz a Vida”, desenvolvido pelo Sicredi Vale do Cerrado em parceria com a secretaria municipal de Educação e Cultura.

A palestra será no Centro de Eventos Ipanema, com início às 19h30 e terá a participação de prefeitos, secretários de educação e professores de cidades como Primavera do Leste, Gaúcha do Norte e Jaciara. Cerca de 600 pessoas estão sendo esperadas. Antes de Campo Verde, José Pacheco fará palestra na USP/SP.

Especialista em leitura e escrita, Pacheco é mestre em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. Professor do ensino fundamental na Escola da Ponte, onde também é coordenador desde 1976, fez com que a escola se notabilizasse pelo projeto educativo baseado na autonomia dos estudantes. Pacheco é também professor do ensino superior e em 2004 foi agraciado com a Comenda da Ordem da Instrução Pública pelo presidente de Portugal, Jorge Sampaio.

Autor de diversos livros e artigos, entre eles: Sozinho na Escola, Caminhos para a Inclusão, Escola da Ponte, Quando for grande quero ir a Primavera, Pequeno Dicionário de Absurdos em Educação, Pequeno Dicionário das Utopias da Educação, o educador propõe uma nova metodologia pedagógica e questionas certos padrões da escola na atualidade.

“A mudança em educação é um processo complexo e moroso: para grandes metas, pequenos passos”, disse o educador em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo. “Urge buscar uma escola do conhecimento e abandonar um ensino meramente transmissivo, fomentar a organização do acesso à informação e a aprendizagem do uso do conhecimento”, completou.

Na opinião de José Pacheco, para mudar as instituições é preciso transformar as pessoas que a mantêm. “Estabeleça-se uma práxis pautada numa ética da responsabilidade e numa relação dialógica. Que se recuse ideias feitas e se escape à síndrome do pensamento único”, sugere.

Embora educador, Pacheco reconhece que a formação dos professores é deficiente e que os estabelecimentos de ensino são geridos racional e burocraticamente, quando seria necessário uma interação maior entre quem ensina e quem é ensinado e uma nova forma de se pensar a educação, justamente por aqueles que a fazem. “O principal obstáculo é o professor, quando assume que o ato de educar é um ato solitário, quando recusa reelaborar a sua cultura pessoal e profissional, no exercício da convivencialidade”, disse o professor ao jornal paulista. (Valmir Faria – Supervisor de Comunicação)

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