IMG_8349O Centro de Referência em Assistência Social (CREAS) da Secretaria Municipal de Assistência Social de Campo Verde mantém um setor responsável por fazer o atendimento a pessoas carentes que estão de passagem por Campo Verde. O objetivo é proporcionar às pessoas em situação de risco ou de rua o acesso a mecanismos que proporcionem a elas dignidade e valorização humana.

O trabalho, conforme explicou o assistente social do CREAS Ricardo Souza (foto), consiste primeiramente na chamada abordagem social. “É um processo de trabalho e planejamento de aproximação, escuta qualificada e construção de vínculo de confiança com a pessoa e seus familiares”, explica Souza.

Essa abordagem é feita periodicamente em locais públicos, como ruas, praças, entroncamento de rodovias e espaços onde há grandes aglomerações de pessoas. Tem como objetivo acompanhar e mediar o acesso das pessoas em situação de ruas ou andarilhos à rede de proteção social.

O trabalho, conforme explicou o assistente social do CREAS, não se resume apenas a abordagem social, mas busca também apoiar as pessoas que vivem nas ruas e que enfrentam problemas com drogas ou álcool ou que tenham vínculos familiares rompidos ou ainda aquelas que necessitam de documentos pessoais ou buscam uma vaga no mercado de trabalho. “Essas demandas são atendidas nas abordagens e também quando as pessoas procuram diretamente o CREAS”, salientou Souza.

Para os dependentes químicos ou alcoolistas que querem se livrar do vício, a Administração Municipal mantém convênio com a Comunidade Terapêutica Resgate Vida, instituição que oferece atendimento a dependentes químicos gratuitamente. “Em 2015, o CREAS encaminhou 36 pessoas para tratamento”, informou Souza. “Como em Campo Verde não existe uma albergue ou casa de passagem, a Comunidade Terapêutica dá apoio em pernoites, quando necessário”, completou.

Outro trabalho feito pelo CRAS é o de reinserção familiar. Durante o ano passado, após buscas pelas redes sociais e outros meios, três moradores de ruas voltaram para casa. “A última foi uma gestante com transtornos mentais, cuja família foi localizada no município de Nobres”, lembrou o assistente social.

Ricardo Souza lembra que para quem deseja ir para outras cidades o CREAS oferece o chamado Benefício Eventual de Passagens. Durante o ano passado 302 pessoas foram atendidas por esse serviço.

De acordo com o assistente social, em Campo Verde não existem casos de moradores de ruas, mas sim de pessoas em situação de rua e que, na maioria das vezes, estão de passagem pela cidade.

Muitas delas não aceitam a ajuda oferecida pelo CREAS e acabam voltando para as ruas. “E nós, enquanto Poder Público tentamos, mas não podemos agir de forma impositiva. Considerando que os serviços oferecidos têm o intuito de resgatar a cidadania e a dignidade humana, o trabalho é realizado com respeito a essas pessoas”, explicou Souza. (Valmir Faria – Supervisor de Comunicação/ASCOMCV)

Categorias: Assistência Social

Sobre o autor