As fortes e constantes chuvas dos últimos dias têm danificado algumas obras executadas ou que estão em andamento em Campo Verde. A força das águas pluviais provocou desmoronamento de barrancos e danos a galerias e outras obras de contenção de enxurrada.

Na Rua da Araras, no bairro São Miguel, onde as obras de pavimentação e drenagem foram paralisadas durante o ano passado devido ao atraso na liberação de repasses por parte do Governo Federal, a força da enxurrada danificou a galeria pluvial.

Hoje (9) pela manhã, o secretário de Obras e Viação Fabiano Teruel informou que a empreiteira responsável pelos serviços já foi notificada sobre o problema. Turuel ressaltou que também vai cobrar da empresa a reconstrução da base para a construção do asfalto.

Outro ponto danificado pelas chuvas foi no Parque da Araras. Fabiano Teruel informou que o problema surgiu após o rompimento da rede de esgoto, que provocou infiltração no solo. A rede foi restaurada e teve o trajeto desviado, porém, com a intensificação das chuvas o solo voltou a ceder. “Nós não vamos procurar os culpados, nós vamos resolver o problema”, afirmou o secretário.

De acordo com Fabiano Teruel, um projeto de drenagem está sendo elaborado de forma a reduzir a força da água nas galerias e impedir novos deslizamentos de terra. As galerias onde serão feitas as intervenções recebem um grande volume de água dos bairros Campo Real, Jardim Campo Verde e Jardim Campo Verde II.

Engenheiro responsável pelo projeto, Igor Grande, que é servidor da Secretaria Municipal de Obras e Viação, ressaltou que os trabalhos, tanto o de readequação do sistema de drenagem quanto o de recuperação das áreas danificadas, dependem das condições climáticas. “O tempo tem que colaborar. A Prefeitura não pode começar o serviço e chover e perder tudo”, observou.

Igor Grande explicou que no local onde houve os deslizamentos de terra, abaixo do lago do Parque das Araras, os trabalhos consistirão primeiramente na remoção dos entulhos para que possam ser realizados os trabalhos de recuperação da área.

“A Secretaria vai fazer um projeto para instalar aqui um dissipador considerando todo o volume (de água) que vem desde a cabeceira, e aí sim fazer a conformação do terreno, assentando terra de novo, fazendo uma proteção vegetal e, por fim, uma mureta, para evitar ao máximo que essa água de superfície escorra por cima do aterro e possa danificar no futuro”, explicou. Para que os serviços possam ser iniciados, de acordo com o engenheiro, é necessário que haja pelo menos uma semana de sol.

Igor Grande salientou que muitos danos ao meio ambiente provocados pelas chuvas não podem ser atribuídos a erros de projetos, mas sim a mudanças climáticas. “Quando a gente considera que vai chover 200 milímetros no mês chove 180 em dois dias”, observou. “É risco de qualquer projeto ficar subdimensionado porque o tempo muda muito”, completou.

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