A Cooperativa do Agricultor Familiar do Assentamento Santo Antônio da Fartura (Coopersaf) fez hoje (18) a prestação de contas dos serviços de georreferenciamento de 42 lotes na Gleba Bigorna, que compreendem uma área de cerca de 1,5 mil hectares – remanescente da antiga Fazenda Santo Antônio – desapropriada pelo Incra para fins de reforma agrária, mas que não estava anexad ao Assentamento Santo Antônio da Fartura.

O georreferenciamento, que permitirá a titularização de todos os lotes que formam o Assentamento, foi feita por uma empresa contratada pela Coopersaf com recursos repassados pela Prefeitura de Campo Verde no valor de R$ 15 mil. Sem o georreferenciamento dos 42 lotes localizados na Gleba Bigorna, a titularização dos outros lotes não poderia ser feita.

Secretário municipal de Desenvolvimento Agrícola e Meio Ambiente, Gessy Matheus Ventura lembrou que o georreferenciamento deveria ter sido feito pelo Incra, porém, o órgão alegou falta de recursos para a execução dos serviços. Para a liberação dos recursos foi necessária a aprovação do Poder Legislativo.

“A Câmara aprovou e tá aí: o prefeito Fábio incentivando e pagando coisa que às vezes não é de competência do prefeito, mas como ele é um prefeito que apoia, ele passou esses R$ 15 mil para resolver a situação do Assentamento Santo Antônio da Fartura. Se o prefeito Fábio não ‘mete’ a mão no bolso para pagar essa quantia para resolver o problema da (gleba) Bigorna, o Santo Antônio da Fartura estaria enrolado até hoje”, disse Ventura.

“A parceria da Prefeitura foi fundamental nesse processo. Se não tivesse o pagamento do georreferenciamento, nós não teríamos adiantado esse processo. Só faltava a Gleba Bigorna para ser medida”, destacou o presidente da Coopersaf, Paulo Galvão.

Presidente da Câmara de Vereadores, João Narciso Gomes classificou o dia como sendo histórico para o Assentamento. “E eu tenho certeza que a próxima reunião dessa envergadura será para entregar os títulos”. Lembrou também que ao aprovar o pagamento dos R$ 15 mil para a realização do georreferenciamento, o Poder Legislativo Municipal cumpriu o seu papel de ajudar a manter o homem no campo, gerando emprego, renda e vida digna para a família.

Para o secretário de Agricultura Familiar do Governo de Mato Grosso, Suelme Fernandes – que participou da reunião de prestação de contas –  a viabilização dos recursos feita pela Prefeitura de Campo Verde reafirma o compromisso do prefeito Fábio com os pequenos produtores. “Com certeza o prefeito, em apenas um ano do seu segundo mandato, tem feito muita coisa pela agricultura familiar e eu tenho dito pra ele que rapidamente Campo Verde tem condições de ser, por que não? A capital da agricultura familiar no Estado”, afirmou.

O secretário Lembrou também que o prefeito Fábio Schroeter tem sido um grande parceiro na resolução da demanda envolvendo a agricultura familiar. “Essa ação de resolver o problema da Bigorna – que é um problema antigo – por parte da Prefeitura, demonstra o compromisso do Fábio com a agricultura familiar. Ele não tem medido esforços, todas as parcerias que nós buscamos, enquanto governo do Estado, tem respaldo, tem apoio, tem compromisso do prefeito municipal de Campo Verde. E nós estamos muito satisfeito com essa parceria”, afirmou.

Ex-superintendente do Incra em Mato Grosso e atual deputado federal, Valdir Barranco, salientou que o georreferenciamento foi um grande avanço para o Santo Antônio da Fartura e classificou como “uma gestão transparente” por parte da Coopersaf pela prestação de contas dos recursos e dos trabalhos realizados.

“Eu fiz questão de me fazer presente porque desde o início estamos acompanhando essa história e estamos a um passo do sonho se tornar realidade. A Prefeitura teve um papel fundamental, participando com recursos para ajudar na contratação do georreferenciamento do Bigorna, a Câmara de Vereadores aprovando a iniciativa do prefeito e assim todo mundo ganha”, disse.

Barranco anunciou que em janeiro será agendado reunião com a superintendência do Incra para definir a vinda dos técnicos para fiscalização lote a lote para que possa ser concedido os títulos de posse e a homologação das famílias que estão nas propriedades. “Eu saio daqui muito feliz e quero voltar aqui para a entrega dos títulos”, disse.

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