Campo Verde sempre foi um lugar que atraiu pessoas em busca de oportunidades. Foi assim com os mineiros, que no final do século 19 iniciaram o processo de colonização da região. No início do século 20 foram os nordestinos, que ocuparam a região da Ponte Alta, hoje município de Chapada dos Guimarães.
Nos anos de 1960 foram os sulistas, que chegaram para dominar o cerrado e iniciar o processo de produção de arroz, soja, milho, algodão, frangos, ovos, suínos e bovinos, colocando o município em destaque no cenário nacional e internacional.
E hoje, passados mais de cem desde que os primeiros pioneiros chegaram e se estabeleceram, Campo Verde continua atraindo empreendedores e trabalhadores que sonham (e conquistam) uma vida melhor.
Um exemplo é o baiano Giliard Pereira de Oliveira (30). Técnico agrícola, ele deixou Guanambi, na Bahia, para investir no plantio de tomate, pimentão e melancia em uma área de 3 hectares arrendada no Assentamento Santo Antônio da Fartura. “Aqui o clima é bom e tem mercado”, destaca.
Com 19 anos de experiência no cultivo do tomate, ele conta que a escolha por Campo Verde se deu por indicação de um amigo e também devido à instabilidade do mercado na Bahia. “Aqui a variação de preços é menor”, diz ele, que está cultivando 9 mil pés da fruta.
Para iniciar a produção, Oliveira investiu na correção do solo, na adubação e não descuida dos tratos culturais. Com o resultado da primeira colheita, que está em andamento, ele espera recuperar os investimentos feitos, algo em torno de R$ 50 mil. ““Estou animado”, diz ele. “O resultado parece que vai ser bom”, prevê.
Assim como Oliveira, várias famílias que acreditaram no potencial produtivo de Campo Verde estão alcançando o sucesso em suas atividades. No segmento da agricultura familiar, um dos maiores exemplos de êxito é o Assentamento Santo Antônio da Fartura, onde vivem 640 famílias.
A comunidade, graças à produção de hortifrutigranjeiros, tem se desenvolvido. O reflexo desse desenvolvimento pode ser visto no comércio da pequena vila, formado por restaurante, bares, loja de confecção e móveis, mercado, oficina mecânica e posto de combustível. É o trabalho construindo o presente e projetando o futuro. (Valmir Faria – Supervisor de Comunicação/ASCOMCV)