Entre os dias 12 e 16 de junho, 13 pequenos produtores rurais que moram no Assentamento Santo Antônio da Fartura e na comunidade Córrego Ouro participaram de um curso de capacitação em apicultura, oferecido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agrícola e Meio Ambiente, em parceria com SENAR/MT e com o Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia (IFMT/MT).

Ministrado pelo instrutor do SENAR, João Batista da Silva, o curso teve duração de 40 horas divididas em aulas práticas e teóricas que incluíram captura dos enxames, cuidados e manejo das colmeias. A apicultura, de acordo com o instrutor do SENAR, se bem conduzida, pode ser uma boa opção como diversificação da propriedade e complemento de renda. “Um quilo de mel de boa qualidade está variando entre R$ 20 e R$ 40”, observou João Batista.

Segundo ele, o mercado também é bastante promissor, uma vez que as pessoas adotaram o produto como parte da dieta alimentar do dia a dia e não somente como uma alternativa medicinal. “Têm pessoas que têm o hábito de tomar o mel de manhã cedo, usa como uma sobremesa, não descartando a parte que serve como remédio, mas não é o principal. Mel, que eu saiba é o melhor alimento do mundo”, destacou João Batista.

A produtividade de um enxame de tamanho grande e com manejo adequado, de acordo com João Batista, pode variar. “Bem conduzido, dentro do padrão que a gente fala, em um enxame com abelhas selecionadas se pode conseguir de 40 quilos até mais de 200 quilos. Agora, é genética, é apicultor profissional e é local com flor sobrando, de preferência, quanto mais perto do enxame”, explicou.

João Batista ressaltou que, como em toda atividade, é preciso, além da profissionalização, ter um planejamento bem feito. Segundo ele, para que a apicultura possa ser autossustentável numa propriedade, são necessárias cerca de 100 caixas. Para quem deseja apenas produzir para o próprio consumo ou como complemento de renda, uma ou duas caixas são suficientes.

Altamiro Araújo da Silva é um dos produtores que participaram do curso. Em sua propriedade ele já desenvolve a apicultura, mas de forma autodidata. “Estou fazendo o curso para aprimorar os conhecimentos. É uma atividade lucrativa mas muito perigosa, tem que ter bastante conhecimento para poder trabalhar com as abelhas”, observou.

Com o que foi passado no curso ele acredita que vai poder melhor a produção. “Aprendemos bastante detalhes que a gente desconhecia e com o curso nós pegamos vários macetes para poder trabalhar com elas”, ressaltou.

Anelise dos Santos Moisés também é moradora do Assentamento Santo Antônio da Fartura. Em sua propriedade ela tem duas caixas que maneja com a ajuda de um vizinho. O curso, segunda ela, foi bom. “Aprendi bastante”, afirmou. Ela ressaltou que as informações obtidas serão repassadas ao marido, para possam conduzir juntos a apicultura.

De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agrícola e Meio Ambiente de Campo Verde, a ideia é capacitar mais pequenos produtores sobre a apicultura. Depois disso, uma agroindústria será montada no Assentamento Santo Antônio da Fartura para que o mel produzido, assim como seus derivados, possa ser comercializado com certificado de qualidade, aumentando dessa forma o valor agregado.  (Valmir Faria – Supervisor de Comunicação/ASCOMCV)

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