Obras da nova sede da Iguaçu Máquinas

Obras da nova sede da Iguaçu Máquinas

Campo Verde sempre chamou a atenção de empreendedores dos mais diversos segmentos devido ao seu grande potencial produtivo, suas características climáticas, grau de desenvolvimento e sua localização, considerada estratégica por estar próxima a dois dos principais corredores de escoamento da produção da região Centro-Oeste, as BR-070 e 364.

A soma de todos esses fatores vai fazer com que o município receba, até 2016, cerca de R$ 250 milhões de investimentos, a maioria ligada ao agronegócio, que, cada vez mais, se firma como o grande “carro chefe” da economia local.

O maior investimento será feito pela multinacional Monsanto, que em 2007 adquiriu a unidade de produção de sementes de milho da Agroeste, empresa que havia se instalado em Campo Verde em 2000.

Serão investidos, de acordo com matéria publicada pela revista Anuário, R$ 180 milhões na ampliação da planta industrial, que proporcionarão o aumento da capacidade de produção e novas tecnologias.  As obras já foram iniciadas e a previsão é que sejam concluídas em 2015.

De acordo com o diretor da Monsanto, Paulo Zamboni, os investimentos serão feitos no município devido às suas características. “Campo Verde foi uma das cidades escolhidas por oferecer um clima favorável à produção de sementes, além de apresentar uma localização estratégica, permitindo o abastecimento do estado de Mato Grosso, o maior produtor de milho do País”, disse ele em entrevista à revista Anuário.

Terraplanagem da  fiação da RIC Comércio Atacadista de Algodão Ltda

Terraplanagem da fiação da RIC Comércio Atacadista de Algodão Ltda

A importância de Campo Verde para o agronegócio levou a empresa Iguaçu Máquinas, concessionária John Deere, a escolher a cidade para a construção de um novo modelo de loja, que atenderá a todos os quesitos de funcionalidade e preservação do meio ambiente.

Inicialmente, o valor do investimento previsto pela empresa para a construção da loja, que terá 3,8 mil metros quadrados de área coberta, era de R$ 7 milhões. A expectativa é que até o início do próximo ano as obras estejam concluídas. “Temos aqui os equipamentos mais modernos do mundo, sem nada a desejar em relação aos grandes produtores mundiais. Isso se deve ao avançado estado de tecnologia agregada à produção do município”, destacou o gerente da filial Iguaçu Máquinas em Campo Verde, Leocádio Requena.

O algodão, que em Campo Verde tem a maior área plantada do Brasil e que no final dos anos de 1990 e começo de 2000 atraiu grandes investimentos, continua sendo um dos filões a ser explorado com a verticalização da produção.

De olho nesse potencial, os empresários Gilson José de Souza e Ricardo Souza, que já atuam no ramo de compra, venda de algodão e transporte em Campo Verde, decidiram investir na implantação de uma fiação.

As obras da nova indústria, onde também funcionará a sede própria da empresa, e que terá 1,7 mil metros quadrados de área construída em um terreno de 18 mil metros quadrados localizado no Distrito Industrial, estão em fase inicial. Os valores que serão investidos não foram revelados pelos empresários.

Máquina trabalha na terraplanagem do armazém do grupo AGP

Máquina trabalha na terraplanagem do armazém do grupo AGP

Outro grande investimento será feito pelo Instituto Mato-grossense do Algodão (IMA). Em uma área com 141 hectares, serão investidos R$ 8 milhões na implantação de um Centro de Treinamento e Difusão Tecnológica, que terá 2,5 mil metros quadrados de área construída.

As obras devem ser iniciadas ainda este mês e concluídas em 2015. “Temos certeza de que a instalação do Centro de Treinamento e Difusão Tecnológica em nosso município será um diferencial e contribuirá decisivamente para a sustentabilidade do sistema produtivo na região”, disse o presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA), Milton Garbúgio, em entrevista à Revista Anuário.

Aproveitando o bom momento vivido pela agricultura, a Cooperativa Mista dos Produtores de Campo Verde (Cooperverde), vai investir na construção de um sistema de armazenagem com capacidade estática de 300 mil sacas, podendo chegar a 2 milhões de sacas no sistema de armazenagem rotativo. Os investimentos serão de R$ 8 milhões.

Na área de metalmecano, Campo Verde também receberá investimentos. A empresa Guarani Recuperação de Peças Industriais está investindo R$ 504 mil na construção de uma unidade no Distrito Industrial II, localizado às margens da BR-070, na saída para Cuiabá.

Também no Distrito Industrial II, o Grupo AGP, que tem sua sede em Jaciara, está investindo na construção de um barracão para armazenagem de insumos agrícolas. A obra, que terá 4,5 mil metros quadrados, está sendo construída em um terreno de 17 mil metros quadrados e deve ficar pronta no final deste ano.

O valor do empreendimento, de acordo com a empresa, será de R$ 3 milhões, recursos que estão sendo investidos para atender a Legislação Ambiental do Município, que determina a retirada de todos os armazéns de produtos químicos da área urbana.

O Grupo AGP tem projeto para implantar uma unidade de armazenamento de grãos na mesma área onde está sendo construído o armazém para insumos agrícolas. O investimento será de R$ 18 milhões.

Na área de saneamento, Campo Verde receberá investimentos de R$ 28 milhões, que serão feitos pela empresa Nascentes do Xingu. Os investimentos contemplarão a construção de rede coletora de esgoto, estações elevatórias, estação de tratamento, perfuração de poço artesiano e reservatório para 1 milhão de litros de água.

Valeu à pena – Em 2013 a Plantivo Fertilizantes, iniciou seu processo de produção em Campo Verde, onde a empresa investiu R$ 2,5 milhões na construção de um galpão com 2,1 mil metros quadrados e na implantação de uma indústria de fertilizantes foliar. De acordo com o gerente da unidade, Thiago Carneiro, o projeto é ampliar a área construída para 4,8 mil metros quadrados.

A Plantivo já fabrica por mês 200 mil litros de adubo foliar em Campo Verde

A Plantivo já fabrica por mês 200 mil litros de adubo foliar em Campo Verde

Segundo ele, a escolha por Campo Verde se deu em razão da logística favorável devido à localização e da qualidade da água, fundamental para a fabricação dos fertilizantes. O potencial produtivo do município também foi levado em consideração para que o empreendimento pudesse ser concretizado.

Atualmente a empresa produz 200 mil litros de fertilizantes por mês. A produção é comercializada em várias regiões produtivas de Mato Grosso, e, segundo Carneiro, a aceitação do produto está sendo satisfatória. “Estamos tendo uma resposta muito boa”, disse ele. “No ano passado tivemos um volume de venda muito bom e este ano está sendo muito melhor. Valeu à pena ter investido aqui, Campo Verde é uma cidade muito boa”, afirmou.

 Apoio – Para que cada vez mais novos investimentos sejam feitos no Município, a Prefeitura mantém um programa de incentivo que vai desde a isenção de taxas a doação de terrenos e terraplanagem. Os incentivos são concedidos após aprovação pelo PRODECAM (Programa de Desenvolvimento Econômico de Campo Verde).

De acordo com o prefeito Fábio Schroeter, a Administração Municipal está trabalhando para adquirir mais uma área para ampliação dos distritos industriais. “Assim poderemos atender a contento todos os que nos procurarem com projetos que sejam viáveis”, disse ele. “Pois é nosso objetivo fazer com que novos empreendimentos venham para o Município e aumentem a geração de emprego e renda para nossa população”, completou. (Valmir Faria – Supervisor de Comunicação)

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