Com o apoio das Polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros, o Centro de Referência em Assistência Social da Secretaria Municipal de Assistência Social de Campo Verde realizou na tarde de quinta-feira (25) mais uma abordagem social a pessoas em situação de rua.

“O objetivo hoje [foi] fazer orientações às pessoas que estão em situação de rua, fazer encaminhamento para que voltem para casa ou até mesmo para outros destinos”, explicou o coordenador de Projetos do CRAS, Ricardo Souza.

Mais uma vez, Souza enfatizou que a esmola dada às pessoas em situação de rua não contribui para que mudem de vida e colaboram para que elas tenham comportamento inadequado. “Uma vez que eles recebem o dinheiro logo pela manhã já começam a se embriagarem. Quando chega no período da tarde eles estão agressivos, não pela pessoa, mas pela bebida e até mesmo pelo uso de drogas”, observou Souza.

Ele também lembrou que em Campo Verde é desenvolvida há mais de um ano a Campanha “Não dê esmola, promova a cidadania” que busca meios para retirar as pessoas da situação de rua. “A gente volta a reforçar: o dinheiro só vai fazer com que eles fiquem nessa vida de mendicância e não consigam sair dela”, disse Souza.

De acordo com Souza, as pessoas abordadas têm o direito de escolher permanecer nas ruas, voltar para a família ou buscar tratamento em casas de recuperação. Porém, ele ressalta que nenhuma dessas ações podem ser compulsórias. “É preciso que eles queiram”, frisou.

Das quatros pessoas abordadas hoje, três delas estão há mais de ano nas ruas de Campo Verde. É o caso de E. M. V, 48 anos. Filho de fazendeiro, há quase dez anos ele vive nas ruas perambulando por várias cidades de Mato Grosso.

Ex-cobrador de ônibus e tendo trabalhado em várias outras empresas, E. não sabe explicar porque resolveu viver nas ruas. Pai de dois filhos, uma delas, segundo ele, tenente da Marinha Brasileira, E. tentou viver com a mãe, que mora em Alto Garças, mas não se adaptou a vida doméstica.

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