Campo Verde é um dos poucos municípios de Mato Grosso a contar com aterro sanitário em operação. A estimava é que dos 141 municípios do Estado, menos de cinco possuem aterros com licença de operação e em atividade.

Ter um aterro em operação representa mais saúde para a população e um ganho enorme para o meio ambiente. Com a entrada em funcionamento do aterro sanitário, todos os resíduos sólidos e orgânicos domésticos gerados pela população de Campo Verde passaram a ter destinação correta e o lixão a céu aberto foi desativado e a área será recuperada.

Inaugurado no dia 6 de julho, depois de um grande esforço da Administração Municipal, o aterro sanitário municipal, localizado há cerca de 20 quilômetros da área urbana, às margens da BR-070, está recebendo entre 30 e 40 toneladas de lixo doméstico por dia.

Desse total, de acordo com o engenheiro sanitarista da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Rubens Anunciação Júnior, 80% estão sendo triados pela Cooperativa de Trabalho e Manejo de Recicláveis (Cotramar).

Desse total, 3% resulta em material reciclável. O restante é depositado em valas impermeabilizadas, recoberto com terra e o gás gerado pela decomposição dos resíduos é eliminado através de queimadores.

Conforme explicou o engenheiro sanitarista, em termos de peso 3% pode parecer pouco, porém, quando se fala em volume o ganho pode ser de até cinco vezes maior, o que significa ocupar menos espaço para depositar o material.

No entanto, Anunciação Júnior ressalta que é possível tornar ainda mais eficiente a separação do material sólido do orgânico. Como o aterro está em fase inicial de funcionamento, algumas adequações devem ser feitas no setor de triagem. “3% está dentro da média, mas a nossa meta é tratar 100% do lixo e aumentar a eficiência da separação para 6% em um ano”, disse ele.

Outra medida que pode incrementar ainda mais a triagem no aterro sanitário é a participação efetiva da população, fazendo a separação do que é orgânico daquilo que é reciclável antes de colocá-los para recolhimento pelas equipes de limpeza da Prefeitura e da Cotramar.

A criação do aterro sanitário contribuiu também com a geração de emprego e renda. 12 pessoas, oito delas ligadas à Cotramar, trabalham no local.

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