2Durante reunião na manhã de hoje (14) no gabinete do prefeito Fábio Schroeter, representantes do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), apresentaram o Projeto Japuíra. Além do prefeito, participaram da reunião vereadores, representantes da Associação Comercial e Empresarial e da Câmara de Dirigentes Lojistas, das cooperativas Cooperfibra e Cooperverde, e também secretários municipais.

Implantado em 11 cidades de Mato Grosso, o Projeto tem como objetivo formar núcleo de confecção no município, fomentando a geração de trabalho e renda e estimulando o empreendedorismo nos participantes. “Nós não queremos apenas formar costureiras”, disse o coordenador do Projeto, Osmar Rodrigues.

O Projeto Japuíra visa a verticalização da cadeia produtiva do algodão e a agregação de valores à cotonicultura. Durante 45 cinco dias, um grupo formado por no máximo 15 mulheres e homens, aprenderá a cortar o tecido, costurar e dar acabamento às peças, além de receber treinamentos sobre gerenciamento e comercialização. “Nós queremos formar grupos pequenos”, destacou Rodrigues.

Para o treinamento prático, o IMAmt cede as máquinas, que podem permanecer no núcleo de confecção por até dois anos, professores e mecânicos. Expirado este prazo, é preciso que o núcleo invista na aquisição de novo maquinário. A proposta é que os núcleos funcionem como cooperativas, onde o ganho dos integrantes será de acordo com a produção e o faturamento.

Para o município fica responsabilidade por selecionar os participantes, providenciar o espaço para as aulas e custear as despesas durante o período de treinamento, incluindo a aquisição dos tecidos e dos aviamentos. Todo o treinamento está orçado em cerca de R$ 50 mil.

“O projeto tem um diferencial de treinamento”, destacou Romero Sobreira de Carvalho, consultor do IMAmt. “A gente não treina para formar costureiras, a gente treina para formar uma empresa”, completou.

Delegado do IMAmt em Campo Verde, Renato Tachinardi destacou o potencial de Campo Verde na cotonicultura. O município, segundo ele, é responsável por 10% da produção da fibra no Brasil e o segundo maior produtor de Mato Grosso, com 80 mil hectares cultivados.

Na cidade, de acordo com Tachinardi, existem 15 algodoeiras, duas fiações em funcionamento e uma prestes a iniciar as atividades. “O algodão é importante para nós e isso é muito bom, mas, por outro lado, a gente quer agregar valores”, disse ele. “A gente quer criar aqui um ambiente de negócios para a cadeia têxtil”, completou.

Carvalho destacou que o núcleo deverá focar na produção de um tipo de produto, priorizando a qualidade final. “Não adianta fazer dez coisas, tem que fazer com qualidade”, frisou. O escolhido para Campo Verde, preliminarmente, foi a confecção em jeans, como calças, bermudas e saias.

O prefeito Fábio Schroeter demonstrou entusiasmo com a implantação do Programa. “De nossa parte nós estamos dispostos”, disse ele. “Eu estou entendendo que é viável e temos que usar a experiência dos parceiros em favor do Projeto”, completou.

De acordo com a metodologia do Projeto, após os dois anos iniciais o núcleo deverá seguir por conta própria, sem o apoio do Município ou do IMAmt, o que, de início, deixa dúvidas quanto à sua continuidade. “O risco existe, mas se cada um assumir a sua parte a gente minimiza isso. De nossa parte estamos dispostos”, afirmou. (Valmir Faria – Supervisor de Comunicação/ASCOMCV)

Categorias: noticias

Sobre o autor