IMG_5877Cerca de 30 servidores da Prefeitura de Campo Verde, entre agentes de combate a endemias, agentes de saúde e operários da Secretaria Municipal de Obras e Viação, auxiliados pela Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros, começaram na manhã de ontem (14) o primeiro de uma série de mutirões de limpeza que fazem parte da verdadeira guerra que está sendo travada com o objetivo de eliminar os locais de procriação do Aedes aegypti.

O mutirão está sendo realizado entre a Avenida Brasil e a Avenida Goiânia, nas ruas Belo Horizonte, São Salvador, Recife, Maceió, Aracaju, Fortaleza, João Pessoas, Teresina e Avenida Brasília. Divididos em três equipes, os servidores estão vistoriando quintais, terrenos baldios e empresas.

Todo o tipo de lixo ou material que possam acumular água estão sendo recolhidos. Em menos de dez minutos de trabalho na Rua Belo Horizonte, latas, sacolas e vazias plásticas, papelão e galhos recolhidos lotaram quase um caminhão caçamba. A quantidade de material recolhido em tão pouco espaço de tempo demonstra porque a região central da cidade concentra 80% dos casos de dengue confirmados em Campo Verde.

De acordo com a secretária municipal de Saúde, Sandra Badoco, o mutirão que está sendo realizado visa justamente reverter este quadro. Novas ações como a que está sendo desenvolvida hoje serão realizadas de acordo com o cronograma que está sendo elaborado. “Este mutirão será estendido aos demais bairros da cidade e nós iremos anunciar para que os lixos não fiquem pra fora”, informou Sandra.

A secretária informou ainda que, mesmo com as festividades e o recesso de final de ano, o trabalho de eliminação dos criatórios do mosquito que transmite a dengue, a febre chikungunya e o zika vírus, vai continuar. “O prefeito Fábio, em reunião, determinou à Secretaria de Obras que não pare os trabalhos e volte todos os esforços no final do ano para esta ação”, disse.

Sandra Badoco ressaltou que apesar do grande número de focos do Aedes aegypti e dos 279 casos de dengue confirmados até agora, nenhum caso suspeito de microcefalia foi diagnosticado no município. “Mas nós temos casos suspeitos de zika e que foram notificados, mas confirmado ainda nenhum”, disse.

O Aedes aegypti se reproduz em locais que acumulam água. O ovo do mosquito pode resistir até um ano mesmo em ambientes secos, o que aumenta ainda mais o risco de proliferação do inseto. Por esse motivo, a participação da população é importantíssima. “Hoje, aqui no centro, a gente está vivendo uma situação de extrema urgência porque a gente está contra o bichinho e ele está, cada vez, um passo adiante de nós”, disse a agente de combate a endemias Vanise Yurko.

Vanise, em sua rotina de trabalho no dia a dia, visita todas as casas da região central. Segundo ela, os maiores problemas são as calhas sem limpeza adequada e que acabam acumulando água, as fossas mal tampadas, lixo jogado nos terrenos baldios e as bocas de lobo, que também acumulam lixo e água. Para ela, conter o avanço do Aedes só será possível com a união entre o Poder Público e os moradores. “Nós, sozinhos, não vamos conseguir”, completou. (Valmir Faria – Supervisor de Comunicação/ASCOMCV)

 

Categorias: noticias

Sobre o autor