IMG_8572O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Têxteis (ABIT) Rafael Cervone (foto) e o diretor-superintendente da entidade, Fernando Pimentel, estiveram hoje em Campo Verde conhecendo o potencial produtivo do município no setor algodoeiro e industrial.

Cervone e Pimentel vieram a convite do produtor e ex-presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA), Milton Garbugio. Com eles vieram também o secretário de estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, Seneri Paludo e o empresário Eraí Maggi.

Recepcionados pelo prefeito Fábio Schroeter e pelo secretário de Indústria, Comércio e Turismo, Aparecido Rudnick, os representantes da ABIT visitaram a indústria de fios da Cooperativa dos Cotonicultores de Campo Verde (Cooperfibra) e as obras da fábrica de fios da RIC Comércio Atacadista de Algodão, que está sendo implantada no Distrito Industrial II pelos empresários Gilson José de Souza e Ricardo de Souza. Carlos Menegatti, gerente comercial da Cooperfibra, o vereador Welson Paulo da Silva e o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Campo Verde (ACICAVE) Deni Gueni, acompanharam os visitantes.

Polo Têxtil – De acordo com Seneri Paludo, um dos objetivos do Governo do Estado é fomentar a industrialização da pluma produzida em Mato Grosso. “É isso que a gente vem trabalhando forte. Desde que a gente assumiu junto com o governador Pedro Taques, a gente definiu alguns setores que a gente entende que o estado de Mato Grosso tem vantagens comparativas em relação a outros estados”, disse. “E sem dúvida nenhuma o setor têxtil e de confecção é um setor aonde o Mato Grosso tem essa vantagem comparativa”, completou.

IMG_8565Conforme destacou Paludo, Mato Grosso produz 58% do algodão brasileiro e conta com apenas três indústrias de fios, uma instalada em Rondonópolis e duas em Campo Verde, município que, de acordo com ele, tem todas as condições para se transformar em um polo têxtil. “Quando você olha do ponto de vista de estruturação e do ponto de vista de lógica econômica e de desenvolvimento, Campo Verde vem pra suprir isso”, disse.

Paludo ressaltou que no município já existem dois empreendimentos no setor de fiação produzido (Cooperfibra e Têxtil Amazon), e que para transformar a cidade em polo têxtil é preciso equacionar alguns fatores, como a reestruturação dos incentivos fiscais, que já está sendo trabalhada pela equipe do Governo, e a oferta energética e de mão-de-obra qualificada, outros pontos que já estão recebendo atenção especial do Estado.

“Do ponto de vista econômico faz muito sentido a gente ter esse polo aqui nessa região”, observou o secretário. “Agora, pra isso acontecer, tem que ter a vontade política do Estado, juntamente com um trabalho com os produtores de algodão, o qual é representado pela Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA) e junto com a ABIT, que está aqui hoje com o seu presidente e com o seu executivo, conhecendo um pouquinho mais a região, as potencialidades, pra gente dar futuro nesse projeto. Mas a gente acredita sim que é possível, ainda nessa gestão do governador Pedro Taques, transformar essa região de Campo Verde numa região de polo têxtil”, disse.

Rafael Cervone classificou Mato Grosso como um estado importante para o setor têxtil brasileiro devido à grande produção e a qualidade da fibra produzida no estado. Ele lembrou que, embora no Brasil o uso do algodão na indústria têxtil seja grande, o produto vem perdendo espaço para as fibras sintéticas.

“Mas temos um potencial enorme para virar esse jogo”, disse ele, destacando que a virada começa com a produtividade – fator no qual Campo Verde é destaque – e buscando novas alternativas para o uso do algodão. “Quando a gente fala do algodão, a gente lembra de roupa, mas tem os têxteis técnicos que utilizam o algodão. E temos a nanotecnologia e tecnologias de ponta que podem agregar ainda mais valor e novas características técnicas ao algodão, o que abre novas possibilidades”, observou.

Segundo ele, é amplamente possível a ABIT interferir junto a empreendedores para que eles direcionem seus investimentos para Campo Verde. “Claro! A ABIT tem essa função também de mostrar oportunidades no Brasil todo. Nós faremos contato com grandes empreendedores brasileiros mostrando que aqui é um polo que tem muitas oportunidades”, informou.

Desafio – De acordo com o prefeito Fábio Schroeter, o grande desafio de Mato Grosso – e de Campo Verde – é promover a industrialização no estado, o que proporcionará a agregação de valores, a geração de emprego e renda e o aumento da arrecadação. “E essa visita é importantíssima porque esses empresários da Associação Brasileira das Indústrias Têxteis vieram in loco, conhecer qual é o potencial nosso, qual o diferencial que nós temos para que a gente possa promover essa cadeia do algodão”, destacou.

Fábio ressaltou que Campo Verde, além do clima e da grande produção, tem um povo empreendedor e trabalhador, fatores que podem ser importantes na atração de novos empreendimentos. Essas características, de acordo com o prefeito serão levadas pelos empresários e disseminadas para outras regiões, despertando o interesse dos empreendedores. “Eles vieram conhecer para que possam nos ajudar, possam fazer com que o algodão de Campo Verde e os produtos de Campo Verde ganhem mais valor”, disse. (Valmir Faria – Supervisor de Comunicação/ASCOMCV)

Categorias: noticias

Sobre o autor