A violência física e psicológica contra a mulher cresce a cada dia. Apesar de mecanismos legais criados para tentar frear esse avanço, como a Lei Maria da Penha e Lei 13.104/2015, que instituiu o feminicídio para designar o assassinato de mulheres, todos os dias esposas, namoradas, amantes e filhas são brutalmente espancadas, humilhadas e mortas por companheiros, maridos, pais ou responsáveis.
Recentemente, um assassinato bárbaro chocou o Brasil. A dançarina de funk Amanda Bueno, de 29 anos, foi brutalmente assassinada pelo noivo, Milton Severiano Ribeiro, depois de ser espancada e ter a cabeça batida repetidas vezes contra a calçada da casa em que morava, no Rio de Janeiro.
Em Campo Verde, há cerca de um mês, uma mulher foi assassinada e esquarteja no bairro Jupiara por um homem que havia conhecido, segundo as informações, poucos dias antes do crime, considerado um dos mais bárbaros da história policial da cidade. Nos dois casos, os autores dos feminicídios estão presos.
Os crimes contra mulheres, na maioria das vezes são provocados por ciúme, alcoolismo ou problemas financeiros, e encontram respaldo na omissão das vítimas que, por medo de consequências ainda piores, não denunciam os agressores.
Para tentar reverter essa situação e diminuir os casos de violência doméstica, o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e Centro de Referência Especializado em Assistência Social, órgãos da Secretaria Municipal de Assistência Social de Campo Verde está desenvolvendo um trabalho de conscientização junto às mulheres.
Ao longo do ano, o CRAS e o CREAS vêm realizando palestras nos Postos de Saúde da Família onde são repassadas orientações sobre como denunciar e como buscar apoio na Rede de Atendimento à Mulher Vítima de Violência. Este mês os trabalhos foram intensificados com a campanha “Menos dor, mais amor”
Além das palestras, ministradas por uma psicóloga da Secretaria Municipal de Assistência Social, são distribuídos panfletos às mulheres – e também aos homens – que esperam por atendimento nos PSF.
Até agora, de acordo com o CRAS e com o CREAS, mais de 400 pessoas foram alcançadas pelo trabalho. Nesta segunda-feira (27), a palestra foi no PSF Central, localizado próximo a Prefeitura. (Valmir Faria – Supervisor de Comunicação/ASCOMCV)
