IMG_9147-1Integrantes da Organização Panamericana de Saúde, as professores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Maria Ignês Saito e Maria Helena Ruzany, estiveram em Campo Verde na última terça-feira (3) para visitar o “Projeto Adolescer”, desenvolvido pelo “Núcleo de Atenção à Saúde da Família” (NASF), da Secretaria Municipal de Saúde.

O Projeto foi um dos 32 classificados entre 90 apresentados em 2013 ao Laboratório de Inovações de Saúde do Adolescente e de Jovens da Organização Panamericana de Saúde e, de acordo com a professora Maria Ignês Saito, apenas 18 estão sendo visitados.

O de Campo Verde, segundo ela, foi escolhido por ser inovador e por ter possibilidade de ser implantado em outras regiões do Brasil. “O objetivo desse laboratório de inovações era selecionar projetos que fossem exitosos, tivessem resultados, pertencesse ao SUS e fossem replicáveis”, explicou Maria Ignês Saito. “E esse projeto tinha todas essa características”, completou.

Ela destacou que o “Projeto Adolescer” foi o único apresentado que lidou com adolescentes portadores de transtornos mentais. “Que é uma variável complicada de atenção integral à saúde. E o que diferenciava esse projeto dos demais é que não era só um projeto de atendimento, mas era um projeto de resgate desses indivíduos, de fazer com que eles tivessem oportunidades de socialização. Esse projeto, inclusive se estendia às famílias. Isso fez com que ele fosse escolhido entre os melhores”, destacou.

De acordo com Maria Ignês, a partir de agora o Projeto Adolescer ganhará visibilidade através de divulgação no site do Ministério da Saúde e publicação em revista especializada. “E, se por ventura, ele for colocado entre os primeiros projetos, pode até merecer uma publicação da revista Panamericana de Saúde”, informou. ‘“Este projeto representou muito bem Mato Grosso”, completou.

O Projeto Adolescer foi o único do Estado classificado para ser apresentado durante o Laboratório de Inovações da Saúde do Adolescente e do Jovem, realizado em Brasília no mês de março do ano passado. Desenvolvido durante o ano de 2013, atendeu cerca de 15 adolescentes e jovens com idade entre 12 e 18 anos portadores de transtornos mentais e era coordenado pela psicóloga Laura Patrícia Macedo di Loreto e pela fonoaudióloga Juliana Gomes Jorge. De acordo com a secretaria municipal de Saúde, Cleonice Drum Schenckel, o Projeto deverá ser retomado.

Para Maria Ignês Saito, não foi surpresa um projeto como o Adolescer ter sido desenvolvido em uma cidade relativamente pequena, como Campo Verde. “Surpresa para nós foi a tenacidade das pessoas. As vezes duas, três pessoas, conseguiram fazer projetos, que assim, surpreenderam, emocionaram, deram, prá nós, que a vida inteira batalhamos pela saúde do adolescente nesse país, uma sensação de, sabe quando você olha o seu trabalho e fala: Poxa, não foi em vão, olha que gente fantástica fazendo coisas pelo Brasil inteiro”, disse.

A professora Maria Helena Ruzany explicou que o objetivo da visita a Campo Verde foi verificar se o que foi demonstrado em Brasília estava sendo colocado em prática. “Aqui, especificamente, nós sabíamos que havia uma desaceleração, isso foi falado em Brasília, mas pelas suas características, pela sua inovação, a gente resolveu realmente vir conversar sobre o projeto, mostrar que ele pode ser replicado e fazer dele um modelo”, disse.

Para a coordenadora da Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde, Josélia Cordeiro da Silva, a avaliação positiva o Projeto pela Organização Panamericana de Saúde foi o reconhecimento do trabalho de toda a equipe. “É muito prazeroso ver esse sucesso, estar colhendo esses frutos desses nossos profissionais que são tão jovens e são tão dedicados”, disse. Ela espera que esse resultado estimule outros profissionais a perceberem mais os problemas da população. “Que são muitos, são inúmeros, mas que nós temos profissionais capacitados para atender com qualidade, com carinho e respeito”, destacou.

Para ela, o reconhecimento do Projeto pela OPS demonstra a seriedade com que a Secretaria Municipal de Saúde desenvolve seu trabalho. “É o Ministério da Saúde vendo Campo Verde, vendo que nós tentamos fazer o melhor pela nossa população, que estamos trabalhando, que estamos tentando levar coisas boas para nossa população, sempre pensando na qualidade do atendimento, no respeito ao cidadão, na dignidade. E a gente sabe que tem toda uma estrutura da nossa secretária, do nosso prefeito, dando todo esse apoio. E a gente só tem a agradecer a todos que colaboraram”, finalizou. (Valmir Faria – Supervisor de Comunicação)

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