A Secretaria Municipal de Assistência Social de Campo Verde, através do Centro de Referência Especializada em Assistência Social (CREAS), realizou na tarde de hoje (27), a “Tarde Viva Mulher”, com a palestra “Todos Contra a Violência”, ministrada pelo padre da Igreja Anglicana, Hugo Armando Sanches e que contou com a participação de cerca de 40 pessoas.
Psicólogo do CREAS, Orivaldo Sales acompanha vários casos de violência contra a mulher, e, segundo ele, o machismo, o uso de droga, o alcoolismo e o ciúme são alguns fatores que levam à agressão e até mesmo a atos mais extremados, como assassinatos. “A cultura machista gera a sensação de posse, de que a mulher é um objeto do homem e não um ser com características e vontades próprias”, comentou.
De acordo com o psicólogo ações como a palestra de hoje servem para que as mulheres vítimas de violência doméstica se sintam estimuladas a denunciar os agressores, situação que nem sempre acontece devido ao medo de que, denunciando os maridos ou companheiros, elas perderam o provedor do lar.
Em 2006 foi sancionada a Lei Maria da Penha, que prevê punição severa a quem agredir uma mulher física ou mesmo emocionalmente. O dispositivo legal foi criado como forma de reduzir a violência contra o sexo feminino, porém, isso nem sempre é alcançado. “Falta coragem para fazer valer a Lei”, destacai Orivaldo Sales.
Conforme informou a secretária de Assistência Social e primeira-dama Rosilene Sangüini Schroeter, o Centro de Referência Especializada em Assistência Social “é um importante órgão de apoio e faz parte da rede prestadora de serviço de proteção, não só às mulheres, mas também às crianças e adolescentes”.
A secretária explicou que o objetivo da palestra com o padre da Igreja Anglicana Hugo Armando Sanches, foi, além de levar aos participantes informações sobre como agir diante das agressões, formar grupos de vítimas para que possa ser criado o fortalecimento de vínculos entre elas.
O CREAS, conforme informou a secretária Rosilene Sangüini Schroeter, conta com uma equipe formada por psicólogos e assistentes sociais que procuram atuar também na causa do problema, encaminhando os agressores para tratamento em caso de dependência química ou alcoolismo, e também proporcionando a eles a recolocação no mercado de trabalho, através do Sistema Nacional de Empregos (SINE). (Valmir Faria – Supervisor de Comunicação)
