Produtores rurais de Campo Verde e representantes da Companhia Nacional de Abastecimento debateram na manhã de ontem, no Plenarinho da Câmara de Vereadores, os custos de produção das lavouras de milho e algodão para a próxima safra.
Durante o encontro foram levantados os valores dos itens que compõem o chamado “pacote tecnológico” das culturas, formado por insumos como defensivos, adubos, sementes e preparo do solo, entre outros.
De acordo com o engenheiro agrônomo Carlos Roberto Bestetti, da Gerência de Custo de Produção da Conab, os custos do pacote tecnológico determinam o valor do preço mínimo das culturas. “O levantamento preciso desses custos evita que os produtores e o Governo fiquem no prejuízo”, destacou.
Segundo o representante da Conab, o levantamento é feito a cada dois anos. Em Campo Verde os custos da cotonicultura nunca haviam sido levantados. “É a primeira vez que se levantam os custos do pacote tecnológico do algodão no município devido a sua importância no contexto estadual e nacional”, informou Bestetti.
Engenheiro Agrícola do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMA), Renato Tachinardi destacou a importância da reunião e do levantamento preciso dos itens que formam o pacote tecnológico para que os produtores possam obter lucro com a cotonicultura.
“Quanto mais preciso for esse levantamento, menores serão os riscos de calcular os custos de forma errada e ficar no prejuízo”, enfatizou Tachinardi, lembrando ainda que o encontro serviu também para troca de informações entre os produtores. De acordo com o IMA, os custos operacionais do algodão estão em R$ 56 por arroba. Os custos gerais são de R$ 60 por arroba.
Área plantada – De acordo com a Conab, a área a ser cultivada com algodão em Mato Grosso na próxima safra será 36% menor que na safra passada e deve ficar em 464,4 mil hectares. Em Campo Verde, de acordo com IMA, a redução será pouco maior que 20%. Os técnicos da Conab também informaram que a área com milho safrinha em Mato Grosso deve aumentar em 25%, com a produção recebendo um incremento de 12%.
Valmir Faria
Supervisor de Comunicação